A 3.ª Promotoria de Justiça de Campo Mourão encaminhou recomendação administrativa à Câmara Municipal, propondo que seja reduzido o número de assessores parlamentares proporcionalmente à redução no número de vereadores ocorrida na atual legislatura, que seja revogado o aumento de 100% no valor da gratificação concedida aos assessores parlamentares e que seja extinto o cargo de procurador parlamentar, criado no início do ano. A recomendação foi expedida nos autos do inquérito civil n.º 05/05, que apura a legalidade do aumento dos gastos ocorrido no ano de 2005 na Câmara de Vereadores de Campo Mourão.
O Ministério Público estabeleceu prazo de 30 dias para que a Câmara comunique a instituição sobre as providências adotadas a fim de atender à recomendação. Caso as propostas não sejam atendidas, a Promotoria poderá requerer judicialmente que a situação seja regularizada, ingressando com ação civil pública. Nesse mesmo ato, recomenda-se a transformação do cargo de assessor jurídico, que atualmente é de livre nomeação, para cargo de carreira a ser preenchido mediante realização prévia de concurso público.
De acordo com o promotor de Justiça Denílson Soares de Almeida, apesar da diminuição de 17 para 10 no número de vereadores do município, a partir desta legislatura, os gastos mensais do Poder Legislativo de Campo Mourão continuaram praticamente os mesmos.
Um dos motivos para que não tenha havido redução de gastos, segundo a Promotoria, seria a manutenção do número de assessores parlamentares de bancada existente à época em que havia 17 vereadores na Câmara e o aumento no valor da gratificação paga a eles.