Ao fim de sua exposição no início do julgamento de Marcos Roberto Bispo dos Santos, acusado de ter participado do sequestro e assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, o promotor Francisco Cembranelli disse hoje que o petista foi torturado no cativeiro para revelar onde estava guardado um dossiê com informações contra integrantes do PT que estariam envolvidos no esquema de propinas da cidade.

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O documento estaria guardado na residência de Daniel. “Celso Daniel era um homem cuidadoso, meticuloso”, disse. De acordo com Cembranelli, no dia seguinte ao sequestro do prefeito, o atual chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, – na ocasião secretário da Administração da prefeitura na gestão Daniel -, teria entrado no apartamento do petista. Com ele, estaria Klinger Souza, secretário de Serviços Municipais na mesma gestão. O promotor disse que Carvalho e Klinger saíram do apartamento levando documentos. Cembranelli citou o resultado de perícia no corpo de Celso Daniel que apontou marcas de tortura. Neste momento, a defesa apresentar os argumentos aos sete jurados.

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