A votação do projeto do governo reajustando o piso salarial regional foi interrompida ontem, 31, devido à apresentação de emendas ao texto, que agora retorna à análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de voltar ao plenário para a segunda discussão. A próxima reunião da CCJ está marcada para terça-feira, dia 7.
Uma das mudanças foi proposta pela bancada de oposição, que pretende estabelecer o valor, que varia entre R$ 605 a R$ 629,65, como salário-base dos servidores públicos estaduais. O piso regional também seria o parâmetro do soldo (salário) dos policiais militares e civis.
Outra emenda veio da base do governo. O deputado Mauro Moraes (PMDB) propôs a extensão do reajuste, 14,9%, para os salários dos policiais militares e civis.
O líder da bancada de oposição, deputado Elio Rusch (DEM), disse que se o governo está exigindo que a iniciativa privada pague o novo piso, também terá que aplicar a correção aos servidores.
O líder da oposição explicou que parte dos servidores recebe um salário-base, sem a incidência das gratificações, menor que o novo salário mínimo regional. Ele mencionou o caso dos policiais. Segundo Rusch, o soldo de um policial militar é de R$ 319,26. Com vantagens aplicadas sobre o vencimento básico, o salário chega a R$ 1,5 mil, comparou.
O líder da bancada do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, criticou as propostas. “Não somos contra aumentar o salário dos servidores. Por sinal, o Requião é o governador que mais respeitou esse direito dos servidores. Mas eu não posso chegar aqui e propor 500% de aumento, de forma inconsequente. De onde saíram os recursos para pagar?”, atacou.