Programa é mais substancial que ministério, diz Feldman

O coordenador adjunto da campanha presidencial de Marina Silva (PSB), deputado Walter Feldman (PSB), disse que a relação de confiança que pode ser estabelecida entre o eleitorado e uma candidatura não se dá a partir da indicação de nomes para compor a Esplanada dos Ministérios e sim da apresentação de um programa de governo. “O programa é algo muito mais substancial que um nome”, afirmou. O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, já indicou que, se eleito, alçará o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga à função de ministro da Fazenda.

O interlocutor de Marina evitou falar em nomes que poderiam integrar um futuro governo Marina Silva e disse que a visão estratégica para o País deve prevalecer sobre as indicações para cargos. “Neste momento acreditamos que o fato mais extraordinário da campanha é a apresentação do programa e não a apresentação de nomes. É ele (programa) que estabelece uma relação de confiança”, acrescentou.

Ele também afastou a necessidade de divulgação de uma “carta-compromisso” para a sociedade, à exemplo da “Carta ao Povo Brasileiro” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2002. Feldman voltou a dizer que o fundamental é o programa de governo, não uma carta, como sugeriu o deputado Márcio França (PSB-SP), vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo. “O programa (de governo do PSB) é muito sólido, mais sólido que uma carta específica”, disse.

Feldman rebateu as críticas dos adversários, que insistem na falta de experiência de Marina para comandar o governo federal e falam que sua eleição representaria uma aventura. O coordenador adjunto disse que a “ética” e a trajetória política da candidata demonstram que ela não é uma aventureira política. “Marina não pressupõe nenhuma possibilidade de aventura”, enfatizou.

Sobre as pesquisas indicando o crescimento da candidatura de Marina à Presidência da República, Feldman disse que os números demonstram que há confiança do eleitorado na ex-senadora e uma “aceitação progressiva” da candidata. Para ele, o surgimento de Marina no cenário pode ter causado nos adversários “se não desespero, muita preocupação”.

O deputado minimizou possíveis dificuldades na relação entre o Executivo e o Parlamento com Marina no Palácio do Planalto. De acordo com ele, os parlamentares reconhecem que o sistema político está ultrapassado e esgotado. Em sua avaliação, Marina pode ser a “redenção” de um sistema democrático que se tornou desvirtuado. “Talvez seja o momento de oxigenar as relações institucionais e Marina talvez seja uma das poucas pessoas que possa garantir uma relação livre (entre os poderes)”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna