O vereador professor Galdino (sem partido), de Curitiba, apresentou ontem, ao Tribunal Regional Eleitoral sua defesa no processo em que o partido pelo qual foi eleito, o PV, tenta a cassação de seu mandato e a indicação do primeiro suplente da legenda, Paulo Salamuni, para a vaga.
Galdino foi expulso do PV acusado de assédio sexual a uma ex-funcionária da Câmara, caixa 2 na campanha e descumprimento do estatuto do partido. A partir daí, o PV passou a requerer sua cadeira na Câmara, com base na regra de fidelidade partidária, que confirmou que o mandato pertencer ao partido e não ao político.
Na sua defesa, Galdino sustenta que foi alvo de perseguição e retaliação por parte do PV, após ter exonerado de seu gabinete dois funcionários indicados pelo partido que não apareceram para trabalhar na Câmara, motivo pelo qual foi aberta a comissão de ética do partido contra o vereador. O vereador também alegou que a autora da acusação de assédio é ex-funcionária de Salamuni, que seria o beneficiado direto pela perda de seu mandato.
No final do mês passado, o TRE negou pedido de liminar do PV para afastar Galdino, informando que, como as ações de fidelidade têm prazo máximo de 60 dias para serem julgadas, não havia necessidade de antecipação de tutela. O prazo para julgamento expira no próximo dia 20.