A procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF) recorreu hoje ao Tribunal de Justiça do DF contra a decisão do juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda, de afastar o deputado distrital Leonardo Prudente (ex-DEM) do comando da Casa.
Prudente é o deputado flagrado, em vídeo anexado ao inquérito da Operação Caixa de Pandora, guardando dinheiro de um suposto esquema de propina nas meias. Além dele, nove deputados distritais (sendo dois suplentes atualmente fora do cargo) são citados no inquérito como beneficiários do esquema que teria o governador José Roberto Arruda (ex-DEM) como chefe. O juiz estipulou multa de R$ 100 mil por dia caso Prudente não cumpra a decisão.
“É indispensável que o Poder Judiciário se posicione, neste momento, com firmeza e assertividade sobre esses fatos que, se verdadeiros, podem ser considerados uma verdadeira tragédia imposta pela virtual (e ainda não cabalmente comprovada) irresponsabilidade, egoísmo e absoluta ausência de civismo das partes virtualmente implicadas nesses tristes episódios”, afirma o juiz Álvaro Ciarlini no despacho.
A assessoria de imprensa de Leonardo Prudente informou, hoje, que o deputado ainda não foi notificado sobre a decisão do TJ-DF de afastá-lo do cargo. Ontem, por meio de sua assessora, Prudente disse que “decisão da Justiça não se comenta, se cumpre”.