A Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal prepara um parecer corroborando a volta do presidente da Casa, Leonardo Prudente (sem partido), ao cargo. Prudente pediu licença do comando da Câmara por 60 dias, mas acabou antecipando sua volta, prevista para ocorrer na próxima segunda-feira. A bancada do PT contesta o retorno do deputado ao comando da Casa.

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Segundo a líder do PT na Câmara, deputada Érika Kokay, Leonardo Prudente não consultou a Mesa Diretora antes de mandar publicar no Diário Oficial seu retorno. Na avaliação da deputada, ao retornar ao cargo, Leonardo Prudente evita que o vice-presidente, Cabo Patrício, do PT, assuma o comando dos trabalhos durante a análise do pedido de impeachment contra o governador José Roberto Arruda.

Prudente foi flagrado, em vídeo anexado ao inquérito da Operação Caixa de Pandora, colocando nas meias dinheiro de um suposto esquema de propina. Pressionado, ele pediu afastamento da presidência. Arruda é acusado, no mesmo inquérito, de ser chefe do esquema de arrecadação e distribuição de propina entre os deputados distritais.

De acordo com o secretário-geral da Câmara Legislativa, Gustavo Marquez, na condição de presidente eleito da Casa, Leonardo Prudente, tem a prerrogativa de pedir licença e voltar ao cargo a qualquer tempo. Ainda segundo Marquez, quando um deputado pede afastamento por problema de saúde, como foi o caso de Prudente, cabe ao parlamentar decidir seu retorno.

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O vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício, convocou uma reunião da Mesa Diretora para discutir a volta do deputado à presidência da Casa.