A procuradora Carolina da Hora Mesquita Höhn ingressou no início da tarde de hoje com uma ação de impugnação da candidatura do ex-governador do Maranhão Jackson Lago (PDT). Ao todo, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) deu entrada em 80 processos de impugnação apenas hoje no Estado. Dos 80 candidatos alvos de ação de impugnação, metade foi enquadrada na Lei Complementar nº 135/2010, a chamada de Ficha Limpa. Os demais foram incluídos em ações por desincompatibilização de cargo. No caso específico de Jackson Lago, a inclusão dele como alvo de uma ação de impugnação tomou como base a sua condenação no Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) 671 julgado pelo TSE em abril do ano passado. “Tudo que se encaixa na nova lei será alvo de ações de impugnações”, declarou a procuradora.
Na segunda-feira, quando o ex-governador registrou seu pedido de candidatura, ele afirmou que ninguém tem a ficha mais limpa do que ele. No entanto, reconheceu que poderia ser alvo de uma ação de impugnação porque para “quem luta contra essas estruturas viciadas, tudo pode acontecer”. Hoje, Lago participou de um programa de rádio comunitária e também de uma reunião com lideranças comunitárias, na periferia de São Luís.
O coordenador de campanha de Lago, Clodomir Paz, evitou comentar a decisão da PRE. “Eu estaria me antecipando a uma notificação que ainda nem aconteceu. Mas se isso vier a acontecer, o departamento jurídico de campanha será acionado”, resumiu Paz. Lago não é o primeiro candidato a governador a ser alvo de uma ação. Nessa semana, a Procuradoria Regional Eleitoral pediu a impugnação a candidatura de Joaquim Roriz (PSC) no Distrito Federal.
Além de Lago, a PRE entrou com ações de impugnações contra o candidato a governador pelo PSOL, Saulo Arcangeli, o candidato a vice-governador de Roseana Sarney (PMDB), Washington Luiz (PT), e os candidatos a senador pelo Edson Vidigal (PSDB) e João Alberto (PMDB). Todos esses foram incluídos nos casos de desincompatibilização de cargos.