Procurador-geral defende reforma política para garantir “fidelidade ao eleitor”

Brasília – Ao participar de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, disse que é preciso fazer uma reforma política que garanta a fidelidade ao eleitor brasileiro. ?Se o que se deseja é preservar a fidelidade ao eleitor, a solução do TSE é limitada?, afirmou, referindo-se à decisão do Tribunal Superior Eleitoral que determinou que aos mandados obtidos na eleições pelo sistema proporcional pertencem aos partidos e não aos candidatos.

Segundo ele, a Constituição Federal não prevê a perda de mandato no caso de troca de partido. ?Não se está a afirmar que não deveria ter, mas que de fato não existe?, afirma. Segundo ele, a Constituição prevê que os partidos políticos têm autonomia para definir sobre fidelidade.

O procurador disse também que, ao ver do Ministério Público, a filiação partidária é uma condição para a participação do processo eleitoral, mas não de permanência do cargo. A Constituição Federal dispõe que a Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo não de representantes do partido?, afirmou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (3) os mandados de segurança que tratam da fidelidade partidária. Os mandados, impetrados pelo Partido Popular Socialista (PPS), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Democratas (DEM), pedem que o STF determine ao presidente da Câmara dos Deputados que declare a vacância dos mandatos de 23 deputados federais que deixaram essas legendas para ingressar em outros partidos, empossando os suplentes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo