O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje (06) que estuda formas de impedir que possíveis condenados no processo do mensalão deixem o país após o término do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).
Entre as alternativas que podem ser adotadas está a retenção dos passaportes.
“Estou analisando as cautelas que devem ser adotas de modo geral. Na medida que o julgamento vai se desenvolvendo vai se aproximando de uma conclusão de um provável juízo condenatório”, disse Gurgel que participou neste sábado no TSE de uma apresentação sobre a transmissão de dados que deverá ser feita no dia do pleito.
Até o fim do julgamento, Gurgel, lembrou que não há impeditivo dos réus viajarem para o exterior. Desde o fim de julho, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está na Itália.
Ele foi condenado no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de recursos públicos por servidor). Segundo o advogado Marthius Sávio Lobato, o réu viajou antes de o julgamento começar, em agosto, para tratar de “problemas familiares”.
Lobato informou que Pizzolato retornará ao país até o final desta semana. Gurgel demonstrou, no entanto, preocupação caso Pizzolato não retorne até o final do julgamento. “Aí é um problema. Em princípio, é um país que não extradita. Mas basta ele sair da Itália”, disse Gurgel.