O vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino pediu, na tarde desta sexta-feitra, 9, o impedimento do ministro Admar Gonzaga durante o julgamento da chapa formada Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O pedido, feito logo que a sessão foi retomada, deixou o clima tenso na corte, mas foi rejeitado por unanimidade.

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A justificativa de Dino para o impedimento é o de que Admar atuou como advogada da campanha de Dilma em questões na corte eleitoral em 2014.

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“Desde 2013 eu não atuei com causas eleitorais”, afirmou Admar, negando ter atuado por Dilma.

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O ministro Luiz Fux foi o primeiro a sair em defesa do colega de tribunal. “Entendo que Vossa Excelência poderia ter arguido isso antes”, disse Fux.

O presidente do TSE, Gilmar Mendes, chegou a ironizar o pedido. “Pensei que iria pedir a cassação do ex-presidente Lula.” Em seguida, repreendeu a representante do Ministério Público no tribunal.

“O MP tem que se pautar pela lealdade processual. Ele não pode surpreender o tribunal. Esse fato não é conhecido pelo Ministério Público neste momento, é preciso que o Ministério Público assuma o seu papel e respeite o tribunal. Não se pode agir coagindo o tribunal ou fazendo jogo de mídia”, disse Gilmar.

“Nunca faltei com respeito”, respondeu Dino.