Procurador diz que prisões preventivas da Lava Jato foram legais

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta quarta-feira, 29, durante palestra em São Paulo, que todos os atos da operação até o momento foram “perfeitamente legais e adequados”. Questionado sobre as críticas recebidas, em especial de petistas e peemedebistas que reclamam do que chamam de excessos da operação, Dallagnol defendeu as prisões preventivas e temporárias.

“Há quem diga que houve um número exacerbado, mas na verdade os fatos e os crimes foram exacerbados. Nós usamos a prisão preventiva de forma excepcional e cautelosa”, afirmou o procurador. Ele argumentou que, dos 208 acusados em primeira instância na Lava Jato, 8% estão presos e 3% aguardam julgamento. Além disso, afirmou que as medidas até agora não foram suficientes para frear a ação de algumas pessoas envolvidas no escândalo que desviou bilhões da Petrobras.

Dallagnol lembrou ainda que requisitos excepcionais são exigidos para justificar uma prisão preventiva. A pessoa alvo do mandado tem que estar colocando em ameaça a ordem pública, a ordem econômica, apresentar risco de fuga ou risco de fraudar o processo contra ela. Para o procurador, um dos quatro requisitos, ao menos, sempre esteve presente nos mandados da Lava Jato.

Cooperação da Suíça

O procurador disse que a cooperação da Suíça foi e é essencial para o avanço da Lava Jato e brincou citando um fenômeno de “confluência de planetas” para que a operação tenha avançado e sobrevivido até agora. Segundo Dallagnol, até aqui, a Suíça repassou menos de 10% das informações de movimentações suspeitas em contas que foram identificadas como tendo relação com os desvios brasileiros. Há expectativa de que as informações continuem chegando ao Brasil e auxiliando o andamento da Lava Jato.

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