O empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, de 59 anos, conhecido como Rei Arthur, foi preso ontem em Miami, nos Estados Unidos, ao tentar renovar o visto que lhe permitia morar no país. Ele é acusado de pagar por votos que ajudaram a eleger o Rio de Janeiro sede da Olimpíada de 2016. O empresário foi solto horas depois, segundo o jornal O Globo.

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Atuante na terceirização de mão de obra, Soares Filho ligou-se ao ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB) – preso desde novembro de 2017 e condenado a mais de 200 anos de cadeia por corrupção e outros crimes.

Responsável pelo pedido contra Soares Filho, atendido em 2017 pelo juiz federal Marcelo Bretas, o Ministério Público Federal afirmou que “teve ciência da prisão e espera que sejam cumpridos os pedidos já formalizados às autoridades americanas afim de dar prosseguimento ao processo”. Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça não se manifestou até a conclusão desta edição.

Acusado de ser beneficiado por licitações previamente combinadas em troca do pagamento de propina, o empresário foi investigado em várias ocasiões. Teve a prisão decretada em maio de 2017, quando já morava nos EUA. Embora seu nome constasse na lista de procurados pela Interpol, ele nunca havia sido preso.

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Em 4 de julho, ao depor à Justiça Federal no Rio, Cabral afirmou ter comprado votos para o Rio ser escolhido sede da Olimpíada de 2016. Segundo ele, em 2009 Soares Filho foi responsável por pagar US$ 2 milhões ao senegalês Lamine Diack, presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo de 1999 a 2015. “Foi debitado do crédito que eu tinha com ele”, a firmou o ex-governador.

Defesa

Em nota, a defesa de Soares Filho informou que “nesta manhã Arthur foi equivocadamente detido por não portar a documentação necessária para renovação do seu visto”. “Ressaltamos que as providências burocráticas já foram tomadas”, diz o texto, divulgado antes da soltura, ressaltando que o empresário está regular no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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