O principal processo relativo ao mensalão envolvendo os bancos BMG e Rural, acusados de crime contra o sistema financeiro, ainda está ativo na Justiça Federal de Minas Gerais, em ações penais desmembradas pelo Supremo Tribunal Federal, em fase de recurso.

continua após a publicidade

Em um dos processos, os dirigentes do Rural são acusados de crime contra o sistema financeiro praticados em 1998, durante a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, no chamado mensalão mineiro. Os processos começaram na Justiça de Minas, que os enviou ao Supremo que, por sua vez, devolveu à Justiça mineira.

No dia 28 de setembro de 2012, a juíza da 4.ª Vara Camila Franco Verano proferiu sentença extinguindo a ação com relação aos acusados Kátia Rabello e José Roberto Salgado, presidente e diretor do Rural, respectivamente, e absolvendo os acusados João Heraldo Lima, Luiz Francisco Cardoso Fernandes e Célia Bento Maselli, todos dirigentes da instituição, por falta de provas. O Ministério Público Federal seção Minas Gerais recorreu da decisão.

Uma semana antes, a juíza havia condenado réus no mensalão do PT, que também recorreram. Neste processo, os dirigentes do BMG Márcio Alaor e Flávio Pentagna foram condenados a cinco anos e seis meses de prisão, enquanto o presidente da instituição, Ricardo Annes Guimarães, pegou sete anos de prisão.

continua após a publicidade

Existem dois processos ativos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, nos quais o banco Rural processa Marcos Valério Fernandes de Souza e seu sócio Cristiano de Melo Paz. Os processos tramitam em segunda instância após recursos de Marcos Valério e Cristiano Paz. Neles, o banco Rural cobra dívida de R$ 50 milhões de empréstimos contratados por meio de Valério. O BMG ajuizou ação semelhante em 2006, mas houve acordo entre as partes e o processo foi arquivado.