politica

Prisão não tem fundamento, afirma advogado de Beto Richa

O advogado Guilherme Brenner Lucchesi, que defende Beto Richa, manifestou-se sobre a prisão do ex-governador do Paraná, ocorrida na manhã desta terça-feira, 29. “A defesa de Carlos Alberto Richa esclarece que a determinação de prisão exarada hoje não traz qualquer fundamento. Tratam-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos”, escreveu.

“Cumpre lembrar que as fraudes e desvios cometidos em obras de construção e reforma de colégios da rede pública de ensino foram descobertos e denunciados pela própria gestão do ex-governador Beto Richa. Por orientação do ex-governador, no âmbito administrativo, todas as medidas cabíveis contra os autores dos crimes foram tomadas. A defesa repudia o processo de perseguição ao ex-governador e a seus familiares; todavia, segue confiando nas instituições do Poder Judiciário”, finalizou o defensor.

Advogados de outros implicados no caso também se manifestaram. O advogado Marlus Arns de Oliveira, que atua na defesa de Ezequias Moreira, informou que se manifestará nos autos.

Já Luiz Carlos Soares da Silva Júnior afirmou que Jorge Atherino “está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos”.

A operação

A nova fase da Operação Quadro Negro, que prendeu o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) nesta terça-feira, investiga desvios de R$ 22 milhões por meio de aditivos contratuais sobre a construção e reformas de escolas estaduais. O inquérito mira ainda nos crimes de corrupção, fraude à licitação e organização criminosa. Comanda a Quadro Negro o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.

Richa foi preso preventivamente pela manhã sob suspeita de obstrução de Justiça. Esta é a terceira vez em um ano que o tucano é preso. O ex-governador havia sido capturado na Operação Radiopatrulha e pela Operação Integração, desdobramento da Lava Jato na Justiça Federal.

São alvo de mandado de prisão por tempo indeterminado o ex-secretário do Governo do Paraná Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino. AO pedir as detenções, o Ministério Público do Paraná afirmou que os crimes “não estavam restritos a servidores de baixo escalão, mas sim que eram estruturalmente coordenados pelo então governador do Estado, Beto Richa”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo