Reeleito presidente do PT de São Paulo para um mandato de mais três anos a partir de janeiro, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva disse que a prioridade agora é a construção da tática eleitoral do partido para 2010 no Estado. “Temos que construir em São Paulo condições para que a pré-candidatura da Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República) tenha uma sustentação forte e também de um projeto alternativo para o Estado”, disse.
O projeto para tentar tirar o PSDB do governo paulista inclui a consolidação do grupo de nove partidos de oposição em uma coalizão para disputar as eleições com a escolha do candidato à sucessão do governador José Serra. “A prioridade é elaborar um programa de governo e manter um espaço de diálogo para caminharmos juntos”, afirmou. “Se houver uma agenda cujos rumos sejam definidos por esse coletivo, a chance de consolidarmos um campo político em São Paulo é grande”, completou Edinho.
Antes defensor de uma candidatura petista ao governo paulista, ele admite que outras siglas dentro do grupo de oposição coloquem nomes para a disputa. “O PT seguirá construindo um nome e penso que os partidos aliados também poderão apresentar nomes para que possamos escolher o melhor para São Paulo.” Diante do fraco desempenho dos pré-candidatos de oposição nas pesquisas eleitorais, o governo federal trabalha para que o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) seja uma alternativa de oposição em São Paulo. Só que Ciro mantém a disposição pessoal pela candidatura à Presidência da República.
‘União’
Sobre a votação na qual obteve mais de 90% dos votos válidos do Estado, Edinho disse que ela mostra a união do partido. “Foi preciso essa votação para que as pessoas, ao contrário de tudo que se falou, vissem que o PT paulista está unido para construir a tática eleitoral em 2010”, concluiu.