Os primeiros programas do horário eleitoral na televisão exibidos na capital paulista foram marcados por críticas a administrações anteriores, justificativas pela falta de visibilidade, protesto contra a ausência em debate e até por pedidos de desculpas.

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Celso Russomanno (PRB) usou o primeiro programa para falar de Saúde e prometeu que a primeira ação, se eleito, vai ser “fazer funcionar o que São Paulo já tem”. Ele citou que os últimos prefeitos da capital não resolveram os problemas do setor e disse que “a conta não vai fechar enquanto a gente viver de promessas”. No encerramento da vinheta, a campanha mostrou imagens do candidato fazendo corpo a corpo com eleitores nas ruas.

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Assim como já havia comentado em entrevistas, o candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) afirmou que durante sua gestão preferiu cortar gastos com publicidade e investir em áreas prioritárias. “Eu vou te provar que, apesar dessa crise, nós entregamos muita coisa”, afirmou. Ele disse que a campanha será uma oportunidade de contar o que fez no mandato.

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Ele citou realizações na educação, como a abertura de creches e refeições nas escolas, a implantação de cursos superiores nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), a construção de hospitais e leitos. O jingle de Haddad, que traz no refrão o lema que “esse é diferente”, foi usado durante todo o tempo de propaganda.

Durante os dez segundos de sua propaganda, Luiza Erundina (PSOL), não apareceu. A campanha mostrou uma imagem do debate promovido pela Rede Bandeirantes, na segunda-feira, 22, com uma imagem do ator John Travolta, famosa nas redes sociais ao ser usada em momentos de “confusão”. “Cadê a Erundina? Cadê a democracia”, diz um texto colocado sobreposto à fotografia do debate.

João Doria (PSDB), que tem o maior tempo no horário eleitoral, apresentou sua trajetória de criança de família humilde até se tornar um dos 100 empresários mais influentes do País. Ele foi o único a citar no primeiro dia de programa o candidato a vice, que na sua chapa é Bruno Covas. Doria destacou que nos últimos 12 meses visitou centenas de casas em dezenas de bairros. “Muitas pessoas me conhecem da TV, mas muita gente vai me conhecer agora nas ruas de São Paulo”, falou.

Assim como fez no rádio, Doria apresentou uma entrevista concedida por ele contando que começou a trabalhar com 13 anos de idade. “Nossa cidade não precisa apenas de boas intenções, precisa de trabalho, foi o que fiz a minha vida inteira. Assim fui como empresário, assim vou ser como prefeito”. O jingle escolhido pela campanha para abrir o primeiro programa foi um samba foi um tema “Acelera Aê”. Ele deixou de lado, nesse primeiro momento, a música que fala que é “diferente”, a mesma expressão usada pela campanha de Haddad.

A candidata do PMDB Marta Suplicy usou seu tempo para pedir desculpas ao eleitor. Ela citou a criação de taxas durante a sua primeira gestão como prefeita da capital – de 2001 a 2005 – entre os “erros” que cometeu. “Eu errei ao criar uma nova taxa, ao falar o que não devia quando ministra, certas vezes fui mais intolerante do que poderia”, disse. Quando ministra, Marta criou polêmica ao falar a frase “relaxa e goza” ao comentar problemas de passageiros em aeroportos, em 2007. Ela pediu o voto aos eleitores pedindo para que cada um lembre de seus acertos. “Eu espero que você sempre lembre dos meus acertos. Eu peço desculpas, me desculpe pelos tropeços. Quando eu erro, eu tenho, sim, coragem para mudar”, falou.

Vestida de branco, abrindo mão do vermelho característico nas campanhas quando era filiada ao PT, ela disse que na vida pública “deu um passo depois do outro” e fez uma referência ao seu antigo partido. “Ajudei a construir um partido que não tinha vez”, comentou. A peemedebista não deixou de citar os CEUs e o Bilhete Único, criados na sua gestão e lembrados constantemente em seus materiais de campanha.