Debate reuniu sete candidatos ao governo.
Requião diz que, se for eleito, reabre
o IPE e o Hospital da Polícia Militar.

O primeiro debate entre sete candidatos ao governo do Paraná realizado ontem pela Rede Bandeirantes foi morno. Temas como a situação financeira do Estado, a tentativa de privatizar a Copel, a cobrança supostamente alta do pedágio, o desemprego e a questão da segurança pública tiveram mais destaque. Na discussão o único que saiu desgastado foi o governador Jaime Lerner.

Nem o candidato Beto Richa, do PSDB, que está coligado ao PFL, quando questionado sobre o assunto defendeu Lerner. Limitou-se a dizer que tem apenas o apoio do atual governador às suas propostas e que não quer ser julgado pela administração de outros.

Acusações

A troca de acusações foi limitada. O candidato Severino Araújo (PSB) foi acusado de não ter registrado valores usados na campanha de Roberto Requião, em 1985, para a Prefeitura. Severino se defendeu afirmando que “caixa 2” é uma prática comum em eleições.

Requião, em seu direito de resposta, afirmou que desconhece essa prática e se isso aconteceu foi sem o consentimento dele.

Beto Richa também teve que se defender, ao ser questionado sobre o envolvimento com o suposto “caixa 2”, na campanha de reeleição do prefeito Cassio Taniguchi, como candidato a vice-prefeito. Beto disse que em nenhum momento seu nome aparece no processo.

Outro que atacou o atual governo foi o ex-secretário da Fazenda Giovani Gionédis. Segundo ele, o Estado está só cumprindo compromissos com a folha de pagamento e com as dívidas. Como proposta pretende diminuir em 20% as despesas e aplicar os recursos em saúde, educação, entre outros.

Também atacando o governo, Roberto Requião (PMDB) frisou que, se eleito, vai reabrir imeditatamente o IPE e o Hospital da Polícia Militar.

Durante o debate a Bandeirantes fez uma pesquisa sobre a obrigatoriedade do voto: 86% dos eleitores mostraram-se contra e 14% a favor.

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