A primeira votação com reconhecimento biométrico teve saldo positivo, na avaliação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Em Curitiba, apenas 12 dos 3,8 mil equipamentos apresentaram problemas. “Foi um sucesso, transcorreu tudo normalmente”, avaliou o juiz da 1ª Zona Eleitoral, Marcelo Wallbach. Além da capital, só Balsa Nova usou urnas biométricas. Em todo o Estado, 102 das 25,3 mil urnas foram trocadas.
Mas o juiz Wolfgang Werner Jahnke, responsável pela 2ª Zona Eleitoral, esteve no Colégio Estadual Santa Cândida para apurar as causas de um problema envolvendo o novo método. Uma eleitora que chegou ao local por volta de 15h30 não conseguiu votar porque o sistema já havia liberado a urna anteriormente pelo reconhecimento das impressões digitais. “Recebi a informação de que uma terceira pessoa se passou por esta eleitora e conseguiu liberar a urna para o voto. O sistema não detectou o erro”, disse o juiz. Ele acredita que não houve falha dos mesários. “Não entendemos como a impressão digital foi liberada”, ponderou. A situação será avaliada durante a semana.
Para os eleitores, a novidade foi positiva, mesmo sendo preciso fazer mais de uma verificação biométrica em diversas situações. “Deu tudo certo, foi bem mais rápido”, comentou a costureira Lindalva Cardoso de Souza, 44. O reconhecimento das digitais de Irene Kebs, 64, aconteceu depois de algumas tentativas, mas mesmo assim ela aprovou o sistema. “Achei uma delícia”, brincou. O aposentado Eugênio Teodorovicz, 81, também não teve dificuldades. “É a mesma coisa que os outros tempos, só que mais rápido”, observou.