A reunião de negociação entre representantes da Federação das Indústrias do Paraná, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA) foi realizada na tarde desta terça-feira (29), em Curitiba, para tentar trazer a rotina ao normal no Estado, depois de nove dias de paralisação dos caminhoneiros.
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Em entrevista, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adriano Furtado disse que a prioridade é o diálogo com as pessoas que bloquearem vias e que o exercício da autoridade policial será utilizado somente quando o diálogo não funcionar. Nos próximos dias haverá reforço de policiais nas estradas do Paraná, para que a ordem seja restabelecida com segurança.
“As forças de segurança do estado, PRF, Polícia Militar, Polícia Civil e o Exército Brasileiro, juntamente com a Polícia Federal, estão harmônicas e trabalhando juntas neste movimento. No Estado no Paraná não tivemos bloqueios e, tendo em vista que a classe dos caminhoneiros encerrou a manifestação, nós vamos agir na busca de restabelecer a normalidade, que primeiramente é utilizado por meio do diálogo e uso da autoridade quando isso não existir. Essas pessoas querem trabalhar e não podem ser impedidas”, ressaltou o superintendente da PRF Adriano Furtado.
Além disso, Furtado informou que alguns caminhoneiros que estiverem relutantes, mesmo com o acordo feito com representantes da classe, podem ser multados caso permaneçam no local. “Caminhões em acostamento não podem permanecer no local e estão sujeitos a aplicação de multas. Alguns caminhões serão retirados pela PRF. No Estado não temos uma situação crítica, já que todas as rodovias estiveram, durante os nove dias, com fluxo normal dos veículos que querem passar”, completou.
Será o fim?
O presidente da confederação CNTA, Diumar Bueno, confirmou o término da greve dos caminhoneiros, já que o objetivo foi atingido, e que uma recomendação imediata será expedida para que as entidades sindicais orientem os caminhoneiros a sair dos pontos de bloqueio.
“A categoria ganhou o respeito nacional e com os objetivos concluídos, a partir de agora, devido as consequências e expansão do movimento, não existe mais motivo para continuar. Passa a ser só um desgaste perante a população e um risco muito grande. A pauta foi contemplada”, explicou.
O presidente informou que diversas denúncias foram recebidas e que muitos caminhoneiros querem sair das rodovias para trabalhar, mas que manifestantes “infiltrados” entre os caminhoneiros grevistas, com interesses diferentes da categoria, impedem que eles saiam e voltem à rotina.
Bueno reforçou ainda que “a confederação conta com a ajuda da polícia para a liberação e que não existe um Deus da categoria, mas que o pedido de término já foi feito aos caminhoneiros, porque eles querem voltar a trabalhar. Eles, assim como o resto da população, têm família e precisam trabalhar”, finalizou.
Volta à normalidade
O Secretário da Segurança Pública do Paraná, Julio Reis, considerou a reunião de extrema importância e que, mesmo com esta decisão de fim do movimento, o trabalho continua para garantir normalidade.
“O dia de hoje é importante, onde ouvimos essa liderança nacional e tivemos esse avanço. Eu acho que isso é o norte do diálogo e é um importante avanço para avaliarmos o que vai acontecer a partir da declaração do presidente da CNTA. É um movimento que tem características diferentes de todos que nós trabalhamos e vamos caminhando para solucionar o problema. Vale ressaltar que os adesivos da Defesa Civil, colados em caminhões que transportam carga de primeira necessidade, não perdem a funcionalidade, já que foram e são muito úteis”, explicou.
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