Com 21 deputados eleitos e pressionado pelo Palácio do Planalto, o PRB está reavaliando o apoio declarado ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e já considera migrar para a candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara.
Embora o PRB tenha oficialmente embarcado na plataforma de Cunha em dezembro, o governo tem cobrado fidelidade da legenda, contemplada no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff com o ministério do Esporte. Até o ano passado, o partido comandava a Pesca, uma pasta de menor expressão.
A pedido do Palácio do Planalto, o novo ministro do Esporte, George Hilton, tem telefonado para os deputados reeleitos do PRB e pedido votos em Chinaglia. Outro escalado para tentar levar parte da bancada para o petista é o ministro das Cidades e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab, que tratou do tema em conversa com o presidente da sigla, Marcos Pereira, na semana passada.
Apesar da ação dos ministros e da direção do partido, parte dos parlamentares do PRB resiste a abandonar Cunha. Ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, eles têm simpatia pela defesa da pauta evangélica feita pelo peemedebista. Também avaliam que um recuo seria difícil, já que se manifestaram publicamente pelo líder do PMDB.
A eleição da presidência da Câmara para o próximo biênio está marcada para o dia 1º de fevereiro. O PRB deve liderar um bloco parlamentar de 40
deputados com uma dezena
de siglas “nanicas”, como PHS, PTN e PRP. Na semana que vem, o bloco deve oficializar sua posição. Ao todo, a Câmara tem 513 deputados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.