Os 23 acusados na Operação Lava Jato, detidos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, passaram por exame de corpo de delito nesta manhã no Instituto Médico Legal (IML) na capital paranaense, informou a assessoria de imprensa da PF. Depois desse procedimento padrão, os acusados voltaram ao cárcere para aguardar o momento dos depoimentos.
Nesta manhã, Ildefonso Colares Filho, ex-diretor-presidente da construtora Queiroz Galvão, prestou seu depoimento. A agenda de depoimentos começou neste sábado (15), segundo a Polícia Federal. Nessa etapa da Operação Lava Jato, a PF executou o mandado de prisão preventiva de seis pessoas e de prisão temporária de outros 17 acusados. Entre eles, estão presidentes e ex-executivos de construtoras com negócios com o setor público e presentes na lista de maiores doadoras de campanhas eleitorais.
Eles estão na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde a madrugada deste sábado. Os 23 presos até agora estão em um espaço onde ficam as duas celas do prédio. Alguns tiveram que dormir em colchões no chão e comeram a comida fornecida pela polícia. Advogados dos presos, que chegaram a reclamar da falta de acesso imediato aos clientes, afirmaram que apesar do espaço pequeno para tanto preso, não houve reclamações por parte deles quanto às condições do local.
Neste domingo, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região deve decidir sobre novos pedidos de habeas corpus para os presos da Lava Jato. A desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère já negou os pedidos que entraram no plantão de final de semana, mantendo os argumento da Justiça Federal de necessidade de manutenção das detenções.
Como já foram negados os primeiros pedidos que alegam não haver a necessidade das prisões preventivas e temporárias, a tendência é que ela siga o mesmo posicionamento nos demais casos.