Calados!

Preso sob suspeita de corrupção, primo de Beto Richa não abre o bico

Os 34 presos na segunda fase da Operação Publicano prestaram depoimento ontem ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Do total, 18 foram interrogados, mas apenas um falou: o auditor fiscal aposentado e advogado José Aparecido Camargo.

O depoimento de Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB), era o mais esperado de todos, pelo fato de ser apontado como o responsável pelas indicações para cargos de chefia na Receita Estadual. Ele foi sem algemas ao Gaeco e não respondeu às perguntas.

De acordo com o delegado Alan Flore, os outros 16 depoimentos devem ocorrer entre hoje e amanhã, prazo pro encerramento do inquérito policial. Sobre o depoimento de José Aparecido Camargo, o delegado afirmou que ele “tentou dar a sua versão dos fatos” e que as declarações devem ser “confrontadas com outras provas”.
Camargo conversou rapidamente com repórteres e fez uma metáfora. Disse que “reputação é mais ou menos como um travesseiro de penas”. “Depois que abre e joga tudo ao vento, como é que você recupera depois?”.

Habeas corpus

Ontem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu os primeiros habeas corpus aos presos na Operação Publicano. Até o começo da noite, quatro haviam conseguido o benefício, todos auditores fiscais: Laércio Rossi, Marco Antônio Bueno, Milton Digicacomo e Gilberto Favato.

O promotor Renato Lima Castro afirmou que a decisão do STJ vai “na contramão do momento do País, em que presos do colarinho branco estão sendo mantidos presos, sobretudo quando partícipes de uma organização
criminosa”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna