Uma das polêmicas mais graves em que Bendine esteve envolvido foi um empréstimo do Banco do Brasil aprovado em sua gestão para a socialite Val Marchiori, no valor de R$ 2,7 milhões em outubro de 2014. O executivo foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra.
Val Marchiori é amiga pessoal de Aldemir Bendine. Na época, o banco informou não haver ilegalidade na operação.
Pivô de polêmica com Bendine, a socialite desejou boa sorte a Bendine quando ele assumiu o cargo na Petrobras, em fevereiro de 2015 e pediu que ele acabe com corrupção na Petrobrás.
No mesmo mês, rumores deram conta da saída de Bendine da presidência do banco estatal. O ministro da Fazenda, na época Guido Mantega, negou sua saída, afirmando que Bendine não estava “demissionário”.
Ainda no ano passado, o executivo pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ter sido autuado por não informar a procedência de R$ 280 mil em sua declaração do Imposto de Renda. Bendine afirmou ao fisco que guardou o dinheiro em sua casa.
Em janeiro deste ano, Bendine pagou multa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para escapar de um processo por ter violado o período de silêncio durante o IPO (oferta pública inicial de ações, em inglês) da BB Seguridade.
Em 2012, uma disputa de poder entre Bendine e Ricardo Flores, na época presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fez com que Dilma Rousseff interferisse. A presidente ameaçou demitir ambos os executivos: “Roupa suja se lava em casa”, afirmou. A disputa de poder começou na Vale, apurou a reportagem.