Assembleia

Presidente do TJ cassa liminar e adiamento de reajuste de servidores pode ser votado

Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Paulo Roberto Vasconcellos, derrubou no início da noite desta terça-feira (22) a liminar que impedia a votação do adiamento do reajuste do funcionalismo paranaense. Com isso, a Assembleia Legislativa deve retomar a votação ainda nesta noite.

O projeto de lei foi enviado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia para revogar o reajuste previsto em lei sancionada no ano passado. A recomposição da inflação, além de um adicional de 1%, estava garantida na legislação, aprovada em 2015 para acabar com uma greve dos servidores públicos. Mas agora o governo diz não ter caixa para honrar com o compromisso.

A oposição tinha obtido uma liminar judicial para barrar a votação. O desembargador Jorge Vargas concedeu a liminar afirmando que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) não permite a retirada de reajustes garantidos por lei – isso seria o equivalente a reduzir salários, o que não é permitido no país.

Em seu despacho, Vasconcellos diz que não há motivo para que o Judiciário decida sobre o caso antes da aprovação da lei. Isso, segundo ele, constituiria “controle preventivo de constitucionalidade”, o que não é permissível, segundo o mesmo STF. Ou seja: o tribunal estaria interferindo na autonomia do Legislativo de debater o projeto.

Isso não elimina, segundo o presidente do TJ, a necessidade de se discutir a legalidade do projeto caso ele seja convertido em lei. Mas isso deve ser feito depois de sua possível aprovação, para que não haja uma “crise institucional” no estado.

Mais informações em breve.

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