Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente do Senado, afirmou nesta terça-feira (22) que não acredita que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, esteja evitando falar a respeito do suposto dossiê sobre despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas que está havendo "um excesso de proteção" à ministra e que "está na hora de ela falar". "Não é por falta de requerimento que a ministra vai deixar de vir ao Senado", afirmou Garibaldi, referindo-se ao fato de dois requerimentos de convocação de Dilma já terem sido aprovados na Comissão de Infra-Estrutura do Senado. Hoje, um novo requerimento de convocação da ministra foi rejeitado no Senado, desta vez na Comissão de Meio Ambiente.
Para Garibaldi, o fato de Dilma ser considerada "mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)" tem gerado "um paternalismo muito grande" ao redor dela "para que não possa dizer alguma coisa". O senador acrescentou: "A ministra certamente merece dos líderes do governo essa dedicação toda, mas tem uma hora em que uma dedicação como essa não serve. Termina não servindo nem à ministra, nem ao País e nem ao governo".
Na avaliação do presidente do Senado, o melhor caminho, agora, é um entendimento dos líderes partidários sobre a melhor data para a ministra comparecer ao Senado e sobre qual o assunto do seu comparecimento. "Eu creio que é só entrar num acordo a respeito do que a ministra vai falar. Acho que já está na hora de a ministra falar", declarou Garibaldi.