O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), se encontrou rapidamente com Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência pelo PSDB, nesta quarta-feira, 25, em Brasília para acertar as arestas do apoio do partido à chapa tucana.
Questionado ao final do encontro sobre se o PP poderia indicar um nome para disputar como vice na composição, Nogueira respondeu apenas “Josué”, em referência ao empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar.
Antes da reunião, Nogueira disse que a indicação para o cargo de vice ainda está em aberto e que a tendência é anunciar o apoio oficial do bloco nesta quinta-feira, 26, ainda sem um nome para o posto.
Gomes é o nome dos sonhos do Centrão, grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, para o cargo mas o empresário enfrenta resistências da sua família, principalmente da sua mãe, Mariza, devido à longa relação da família com o PT. Nesta quarta, 24, integrantes do grupo chegaram a dar como certa sua desistência.
A esperança de que Gomes reveja sua posição, no entanto, cresceu nesta quinta com a publicação de um artigo do empresário no jornal Folha de S. Paulo em que ele declarou apoio a Alckmin.
Tucanos e dirigentes partidários que se encontraram com Alckmin nesta quarta revelaram que o presidenciável ficou contente e animado com o tom do artigo. “O texto é muito interessante. Alckmin ficou satisfeito com ele sim”, afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O candidato ao Senado por Goiás e um dos coordenadores de campanha de Alckmin, Marconi Perillo, contou que o tucano chegou a ler o texto em voz alta durante conversas que está tendo com diversos políticos nesta quarta.
Sobre um possível plano B para o caso de Josué realmente desistir do convite, Ciro Nogueira afirmou que, neste caso, a situação ainda está completamente em aberto.
Mais cedo, o presidente do PRB, Marcos Pereira, também disse ter esperanças de que Josué volte atrás em sua posição e integre a chapa tucana mas, se isso não acontecer, o DEM não poderá ficar com a vaga.
A sinalização de Pereira mostra que a indicação do deputado e ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM-PE), tida hoje como a mais provável neste cenário, pode enfrentar rejeição dentro do bloco. Isso porque o partido já negociou a reeleição de Rodrigo Maia (RJ) como presidente da Câmara.