O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou na tarde desta segunda-feira, 13, que a candidatura do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, ao governo do Estado é “competitiva” e “inarredável” e repeliu a possibilidade de o partido abrir mão da cabeça de chapa no Estado para apoiar o PT. “Isso não se discute”, disse ele, repudiando, indiretamente, a proposta do presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, de fazer uma coligação PT-PMDB, com o senador Lindbergh Farias como candidato a governador e o hoje governador Sérgio Cabral Filho concorrendo ao Senado. Raupp desconversou, porém, quanto à possibilidade de o PMDB do Rio não apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição se, no Estado, os petistas não apoiarem Pezão – ameaça que tem sido feita pelos peemedebistas fluminenses.
“Acho muito cedo para discutir a questão de apoiamentos”, declarou. “A princípio, o PMDB e o PT têm uma aliança sólida em nível nacional e todo o nosso esforço é para que essa aliança se projete também nos Estados. Como foi no passado aqui no Rio de Janeiro. O PMDB do Rio sempre apoiou o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), a presidente Dilma. A gente entende que o tempo vai se encarregar de continuar estreitando essa aliança.”
Já o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, afirmou que, em nome da aliança, Cabral poderá abrir mão da candidatura ao Senado. “O governador, como líder do partido, colocou seu nome à disposição do partido para disputar o Senado, mas tem colocado internamente que a prioridade é vencer as eleições para governador e manter a parceria nacional entre PT e PMDB e estadual PMDB-PT”, declarou. “Portanto, abre aí a possibilidade, por mais que tenha o esforço de seus companheiros de que ele não deva abrir mão.”
Raupp e Picciani falaram no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, e foram os únicos a dar entrevista após almoço que ali reuniu dirigentes nacionais e locais do partido. Entre os que saíram sem falar com jornalistas, estavam o vice-presidente da República Michel Temer, o prefeito Eduardo Paes e o próprio Cabral.