Impeachment

Presidente Dilma admite a aliados que afastamento é inevitável

A presidente Dilma Roussef (PT) já deu a ordem para sua equipe “limpar as gavetas”. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela versão online do jornal Folha de S. Paulo. A presidente teria admitido a aliados que já considera como certo o seu afastamento do cargo pelo Senado, na votação do processo do impeachment.

Contudo, Dilma disse que pretende continuar defendendo o seu mandato e uma das estratégias é não deixar nada para o vice Michel Temer (PMDB), “se apropriar”. O ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva deu aval ao plano.

Por isso, Dilma determinou aos auxiliares apressem tudo que está quase pronto para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do impeachment, cuja data prevista é de 11 de maio, e nesse caso a presidente seria afastada por 180 dias.

Antes de ser afastada, a presidente quer instalar o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), anunciará a prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos, participará de Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e deve entregar no Pará novas unidades do Minha Casa, Minha Vida.

Para a próxima semana, está prevista a cerimônia da tocha olímpica, com forte claque petista no Palácio do Planalto, e o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017.

Uma vez afastada, a presidente pretende continuar defendendo o seu mantado junto aos movimento sociais e ao PT, mantendo a tese de que é vítima de um golpe.

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