O presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), empresário Gustavo Feijó, foi preso na manhã de hoje, acusado de fazer boca de urna para o candidato Ronaldo Lessa (PDT), no município de Boca da Mata, a 76 quilômetros de Maceió. O dirigente esportivo informou ter sido detido sob acusação de desacato a uma autoridade maior, mas alega que foi vítima de abuso de poder.

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De acordo com a versão policial, o carro de Gustavo Feijó foi flagrado de madrugada jogando “santinhos” do candidato do PDT nas portas dos locais de votação. O veículo foi perseguido por policiais da Guarda Nacional, que reforçam a segurança das eleições no município, mas não foi alcançado. Pela manhã, como o veículo teve a placa anotada, foi abordado de novo pela polícia, que desta vez o alcançou e decidiu deter o presidente da Federação, que estava dentro do carro.

Gustavo Feijó foi levado para a delegacia do município, onde prestou depoimento e ficou detido. Em entrevista à imprensa, ele negou ter feito boca de urna ou espalhado panfletos nos locais de votação. Feijó relatou que estava em sua residência quando recebeu uma ligação informando que um de seus veículos havia sido apreendido por oficiais do Exército em via pública, sob suspeita de propaganda eleitoral irregular.

“Disseram que dentro do veículo havia santinhos e campanhas de políticos, mas não tinha nada disso”, informou Feijó. “Quando cheguei ao local e fui argumentar que não havia crime eleitoral ao policial do Exército, ele disse que eu não era homem e me mandou calar a boca. Só que eu acabei rebatendo. Respondi que ele não era mais homem do que eu só porque tinha uma pistola. Foi aí que ele decidiu me prender”, informou o presidente da FAF.

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A Polícia Militar de Alagoas prendeu também uma das coordenadoras da campanha do governador e candidato a reeleição em Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Dulce Palmeira foi detida pela PM na porta de uma escola na região de Bebedouro, com cerca de R$ 20 mil dentro do seu carro. Dulce foi conduzida pelos PMs, junto com o carro, até a sede da Polícia Federal, onde o carro ficou apreendido e Dulce detida para averiguação.

Advogados da coligação de Vilela estiveram na sede da PF, no bairro de Jaraguá, para acompanhar o depoimento de Dulce. Eles disseram que o dinheiro encontrado no carro era para pagar os fiscais que trabalham para coligação “No caminho do bem”, mas não quiseram se identificar nem passar mais informações sobre o caso. Disseram apenas que junto com o dinheiro foi apreendido também a listagem dos fiscais que trabalham para coligação e quanto cada um iria receber.

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