O ex-presidente da Urbs, Marcos Isfer e o ex-diretor de transportes Fernando Ghingnone interpelaram judicialmente o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Coletivo da Câmara Municipal de Curitiba, a CPI da Urbs, vereador Jorge Bernardi (PDT).

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Ambos querem que o vereador se retrate sobre as declarações dadas por ele, em entrevistas, envolvendo os dois ex-diretores da Urbs. Caso contrário, poderá responder uma queixa-crime.

Segundo Isfer esta interpelação não foi feita agora. “Ela ocorreu antes mesmo de eu (Isfer) prestar o meu depoimento na CPI e a ideia não é tolher a liberdade de expressão de ninguém. Ele (Bernardi) tem o direito de falar na tribuna da Câmara, mas não tem o direito de falar o que bem entende em emissoras de rádio e televisão”.

Ghingnone, por sua vez, disse que Bernardi citou que a antiga diretoria da Urbs propôs vantagens para determinadas empresas no processo licitatório sem ter provas. “Qualquer pessoa que atente contra a hora de um terceiro precisa provar, caso contrário, configura calúnia”.

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A respeito da instalação da CPI, o ex-dirigente da Urbs afirma que se trata de um ato político. “Eu já prestei o meu depoimento na CPI e espero que aquele colegiado de vereadores, do qual eu respeito, tenha o discernimento de avaliar o que de fato está ocorrendo”.

Defesa

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Bernardi rebateu as declarações dos dois ex-diretores da Urbs, alegando que a medida adotada por ambos se trata de uma tentativa de constrangimento e censura à própria CPI.

“O que estes senhores estão tentando é utilizar o Poder Judiciário para censurar o trabalho da CPI e, neste caso, começaram por mim, que sou o presidente da Comissão, mas não perceberam que estavam cometendo um crime já que os parlamentares têm inviolabilidade nas suas opiniões, palavras e votos”.

O vereador disse ainda que não citou nominalmente em nenhum momento os dois ex-diretores da Urbs nas entrevistas que concedeu sobre o caso, mas que estuda processá-los.

”Todas as comissões apontam para indícios de fraude no processo licitatório e eu apenas citei os relatórios. Nosso objetivo agora é pedir para que a justiça processe ambos por tentar impedir o trabalho da CPI, já que estamos chegando na conclusão da Comissão e certamente as irregularidades serão reveladas”, finaliza.