O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa as contas da Previdência Social, senador Paulo Paim (PT-RS), defendeu nesta segunda-feira, 22, a renúncia do presidente Michel Temer. O petista disse que não faria ataques pessoais ao presidente e que está preocupado “com o projeto de nação”.

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“Nós temos um verdadeiro tsunami não só no campo político, social, mas também econômico”, disse Paim ao abrir os trabalhos da CPI, que nesta segunda realiza audiência pública para debater o déficit da Previdência. “O País de fato está sangrando, é só ver o prejuízo. Os investidores estão congelados”, emendou o petista.

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“Eu acharia melhor a renúncia, mas ele (Temer) que tome a decisão que ele achar melhor. Renúncia, impeachment ou TSE, um desses três vai acontecer”, disse Paim. “Não estou defendendo uma ou outra posição política, estou preocupado com o País. Não estou preocupado com o nome (que iria suceder Temer), estou preocupado com o projeto de nação.”

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O senador petista também elogiou os relatores das reformas trabalhista, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), e da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que defenderam publicamente a suspensão da tramitação das propostas diante das acusações contra o presidente. Ferraço anunciou, porém, que vai retomar o cronograma previsto inicialmente, que inclui a apresentação de seu relatório nesta terça-feira, 23.

A sessão da CPI da Previdência ocorre na sala da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e está esvaziada. Entre os participantes do debate estão o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Lozardo, o Secretário de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social do Tribunal de Contas da União (TCU), Fábio Granja, e o professor da Unicamp Eduardo Fagnani.