Durante a sessão da CPI da Petrobras, o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) foi confrontado pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG) sobre o sigilo em torno das investigações da consultoria Kroll. No primeiro dia de trabalho após o recesso parlamentar, ele anunciou que vai revelar aos membros da CPI os nomes investigados.

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A comissão está em vias de fechar um novo contrato de rastreamento de ativos de investigados. O peemedebista informou que vai decidir com seus colegas quantos serão rastreados e quem será o foco da próxima fase. A empresa de espionagem Kroll foi orientada a priorizar as investigações sobre o lobista Júlio Camargo.

O delator da Operação Lava Jato acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter pedido propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da estatal. Nesta tarde, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) anunciou que protocolou requerimento de quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Cunha. O primeiro contrato com a Câmara previa a investigação de 15 pessoas. A consultoria levantou informações sobre 12 nomes, mas a cúpula da CPI pretendia restringir as apurações em três investigados, entre elas Camargo.

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Barusco

No início da sessão, o presidente da CPI também informou que enviou ofício aos Conselhos Regional e Federal de Medicina questionando os atestados médicos proferidos pelo médico do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. O delator da Operação Lava Jato conseguiu um habeas corpus para não participar de acareação na comissão alegando agravamento de seu câncer ósseo.

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Dias depois, fotos publicadas pela revista Veja mostraram Barusco descansando em uma praia de Angra dos Reis. A CPI tenta agora reverter o habeas corpus concedido pelo STF, impetrado pela então defensora Beatriz Catta Preta. Sobre a convocação da advogada, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) voltou a defender a ida de Catta Preta à CPI.

Pansera, que é autor do requerimento, disse que se outros profissionais não podem ser pagos com dinheiro de lavagem de dinheiro, a regra também vale para advogados. “Não me parece que seja o caso de uma pessoa, com a história dela, se assustar com um simples requerimento”, declarou. Ele defendeu que ela conte aos deputados quem a está ameaçando.