O presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Marcos Vinícius de Faria Felipe, foi autuado na madrugada deste domingo, acusado de boca de urna e desacato a autoridade no Setor Oeste, bairro nobre da capital goiana. O presidente estava acompanhado de Leila Cristina de Assis.
Os dois foram abordados pela Polícia Militar de Goiás, logo após jogarem santinhos em frente ao Colégio Ateneu Dom Bosco, um dos maiores colégios eleitorais de Goiânia. Dentro do Honda Civic que o casal estava, foram apreendidos aproximadamente 1.200 panfletos e um rolo de adesivos de 25 centímetros de largura da coligação Goiás Rumo ao Futuro (PMDB, PT e PCdoB), do candidato a governador Íris Rezende e da candidata a presidência Dilma Rousseff.
Segundo o termo de ocorrência, o presidente, que tem status de secretário de Estado, não quis se identificar ao policial e disse que “Aqui não vai prender c…. nenhum”. Por isso, o presidente foi levado à delegacia por desacato a autoridade, mas não está preso porque o delegado entendeu que se trata de um crime de “menor potencial ofensivo”, como explica o procurador Regional Eleitoral Alexandre Moreira Tavares dos Santos.
Após a ocorrência e a assinatura do Termo de Compromisso de Comparecimento às audiências perante a Justiça Eleitoral ambos foram liberados.
O flagrante foi fruto de uma operação conjunta feita pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Militar. “Colocamos policiais à paisana nos principais colégios eleitores de Goiânia para evitar a chuva de santinhos, que, além de ser um crime eleitoral, suja a cidade”, diz o procurador Alexandre.
Não é a primeira vez nesta campanha eleitoral que a Agecom está envolvida em escândalos. No dia 21 de outubro, o jornalista Paulo Bering, da TV Pública do Estado, ligada à Agecom, pediu demissão no ar alegando que estava sendo censurado, uma vez que a direção da emissora tinha o impedido de entrevistar o outro candidato ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).