O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, reuniu-se nesta quarta, 4, com o vice-presidente, Michel Temer no Palácio do Jaburu. Junto com alguns deputados da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria, Pastoriza disse, ao final do encontro, ter insistido na proposta de redução de ministérios, caso Temer assuma a presidência da República.
Para Pastoriza, a medida é “simbólica, mas importante”, um desafio para o novo governo. Temer acompanhou a apresentação da lista de medidas e, segundo o presidente da Abimaq, concordou com a maioria. Disse ao grupo, ainda de acordo com o relato de Pastoriza, que considera montar uma equipe, caso assuma a Presidência, para estudar e planejar o enxugamento dos cargos. Participaram do encontro membros da bancada do Rio Grande do Sul na Câmara, Jerônimo Goergen (PP) e Mauro Pereira (PMDB).
Mesmo pregando a redução da máquina estatal, ele defende a preservação de alguns ministérios que considera “fundamentais”, como os da Agricultura e da Indústria e Comércio. Segundo ele, essas pastas não deveriam ser “fatiadas”, pois há “outros ministérios que podem ser cortados”. “Deve haver corte também na carne do governo” opinou.
O empresário considera importante que o vice-presidente “não perca janela de crédito” a ser aberta com um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff, considerando que o Senado aprove o afastamento. E comentou ter sugerido a Temer que ele tem prazo de 90 dias para “mostrar a que veio”.
Mais cedo, o vice-presidente recebeu o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) no Palácio do Jaburu e voltou a dizer que não deverá fazer um corte expressivo no número de cargos dos ministérios no início de seu mandato. Ele, que vem sofrendo pressão de partidos que apoiaram a saída de Dilma, afirmou que pretende esperar os primeiros três meses para chegar a uma definição sobre o tema.