Os possíveis candidatos à Presidência da República dispostos a defender a agenda de reformas econômicas de Michel Temer (MDB) nas eleições de outubro ainda não decolaram nas pesquisas de intenção de voto.

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Pesquisa do Datafolha divulgada pela Folha de S.Paulo na madrugada desta quarta-feira, 31, mostra que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o próprio Temer não conseguem ultrapassar 2% da preferência do eleitorado. O levantamento foi feito nos dias 29 e 30 de janeiro.

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Entre os três, quem consegue o melhor desempenho no cenário mais favorável é Henrique Meirelles, com 2%, em um quadro sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ainda excluindo Marina Silva (Rede), João Doria (PSDB), Joaquim Barbosa (sem partido) e Luciano Huck (sem partido) da corrida presidencial.

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O ministro da Fazenda, que estipulou um prazo até o final de março ou começo de abril para decidir se será candidato, foi testado em outros três cenários pelo Datafolha. Com Lula candidato, Meirelles tem 1% das intenções de voto em duas simulações.

Rodrigo Maia, que condiciona sua candidatura ao sucesso da reforma da Previdência na Câmara e ao aumento de seu desempenho nas sondagens eleitorais, e o presidente Michel Temer, que tem sua candidatura à reeleição cogitada pelo Palácio do Planalto e pela cúpula do MDB, aparecem com 1% no único cenário em que são incluídos – com Lula no páreo.

Outros dois prováveis candidatos que defendem abertamente uma agenda liberal para a economia, João Amoêdo (Novo) e Paulo Rabello de Castro (PSC), também não passam de 1% das intenções de voto. O fundador do Partido Novo e o atual presidente do BNDES foram testados nos nove cenários apresentados pelo instituto de pesquisa. Em todos eles, os dois têm 1% das intenções de voto, com exceção do quadro em que Temer, Meirelles e Maia também são candidatos. Neste caso, Amoêdo e Rabello de Castro não chegam a pontuar.

O presidente Michel Temer lidera a taxa de rejeição no levantamento do Datafolha, com 60% dos eleitores dizendo que não votariam nele “de jeito nenhum”. Além disso, o presidente é o cabo eleitoral mais impopular nos cenários apresentados: 87% afirmam que não votariam no candidato que tiver seu apoio, em um levantamento sobre o poder de transferência dos votos.