O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (MDB) indicou seis funcionários para trabalhar na Fecomercio que acabaram gerando prejuízo de R$ 8 milhões aos cofres públicos. Nesta sexta-feira, 23, o presidente do órgão, Orlando Diniz, foi preso preventivamente na Operação Jabuti, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Rio (MPF).
“Nós contabilizamos, pelo menos, um prejuízo de cerca de R$ 8 milhões para a Fecomercio na soma destes salários. Identificamos que Cabral solicitou a Diniz a contratação dessas pessoas ligadas a ele e até de amigos de infância para atender a seus interesses pessoais. Alguns deles nunca compareceram para trabalhar nessas entidades”, disse o procurador.
Durante a Operação Jabuti, também foi identificado que gestores da Fecomercio do Rio supostamente estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões, incluindo o da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo.
De acordo com o MPF, “Cabral emprestou sua expertise para ajudar Diniz (Fecomércio) a lavar dinheiro”.
Defesas
A reportagem não obteve retorno das defesas de Diniz e Cabral sobre as acusações até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para as manifestações.