De saco cheio

Prefeituras farão protesto contra crise financeira no Paraná

Representantes das 19 associações de municípios do Estado se reuniram hoje (dia 1º) na sede da AMP (Associação dos Municípios do Paraná), em Curitiba, e decidiram promover, em 21 de setembro, um Dia de Protesto para denunciar à sociedade a grave crise financeira enfrentada pelas prefeituras.

Liderados pelo presidente da AMP e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, os prefeitos também decidiram aprofundar a economia de recursos que boa parte deles já adotam nas suas cidades, em vários itens, para evitar o agravamento das contas públicas dos seus municípios.

“Não podemos mais aceitar sermos o primo pobre da Federação, enquanto a União é o primo rico e fica com a grande maioria dos recursos que arrecada. Estamos cansados de acumular encargos sem receber os recursos necessários para isso. Se não fizermos algo urgente para mudarmos este quadro, os municípios vão à falência”, denuncia Micheletto, que vai debater o problema nesta quarta-feira (dia 2) com o vice-presidente da República, Michel Temer. 

Reivindicações

A AMP vai produzir uma campanha apartidária para denunciar a crise dos municípios e, depois, reproduzi-la em todas as regiões do Estado. Outra ação que deverá ocorrer no dia 21 de setembro será uma reunião com senadores, deputados federais e estaduais, provavelmente no Plenarinho da Assembleia Legislativa, para pedir o apoio dos parlamentares aos municípios.

Micheletto disse que o movimento é apartidário e explicou que as prefeituras também têm demandas a serem atendidas pelo Governo do Estado. “Precisamos defender os municípios independente de partidos. Nosso movimento não é contra os governos, mas a favor da sociedade”, disse.

A pauta de reivindicações dos prefeitos é extensa. Inclui, entre outros itens, 1)Revisão urgente do Pacto Federativo, com a distribuição mais justa de receita entre os entes federados; 2)Aprovação, no Congresso Nacional, dos projetos que prorrogam a Lei de Resíduos Sólidos (lixões) e garantem a participação da União – por meio do Fundeb – para pagamento do piso salarial dos professores;

E ainda: 3)aprovação do projeto em tramitação que impede o governo de transferir novos encargos aos municípios sem a correspondente fonte que garantirá sua manutenção; 4)Sobre o FPM (Fundo de Participação dos Municípios): garantia do cumprimento da palavra empenhada pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado, confirmada pela cúpula de ministros do Palácio do Planalto e aceita pelo movimento municipalista, de que as prefeituras receberão 2% de aumento do Fundo em duas parcelas iguais em julho de 2015 e julho de 2016, 5)Liberação dos  Restos a Pagar e 6)Correção pela inflação dos valores repassados para os programas federais.  

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