Na tarde deste sábado (28), a prefeitura de Curitiba voltou a reiterar o pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal, seja transferido para outra unidade. Em petição encaminhada à Justiça Federal, a Procuradoria-Geral do Município cita o ataque que deixou feridos dois integrantes do acampamento da rua Padre João Wislinski, fato que motivou uma manifestação com barreira de fogo na rua Mascarenhas de Morais no sábado pela manhã.
Segundo a prefeitura, a manifestação interrompeu por horas o trânsito na região, especialmente as linhas alimentadoras do Terminal Santa Cândida. Em nota encaminhada à imprensa, o prefeito Rafael Greca destacou o protagonismo de Lula como justificativa para enviá-lo a outro local.
“Um preso com a expressiva trajetória política do líder sindical, mentor e líder de movimentos sociais, ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. O local oferece risco, transtorno à população, aos funcionários da própria PF, e atrapalha a rotina de prestação de serviços aos brasileiros que precisam da emissão de passaportes”, afirmou Greca.
O ataque ocorreu por volta das 4 horas da madrugada de sábado. Dos dois feridos, um continua internado: Jeferson Lima de Menezes, 39 anos, de São Paulo, atingido por um tiro no pescoço. Em coletiva à imprensa, o presidente do PT no Paraná, Dr. Rosinha, comentou que a polícia se comprometeu a investigar placas de carros que foram vistos perto do local em dias diferentes, cujos motoristas gritaram palavras de agressão contra os acampados. Ele fez um apelo contra a violência no Paraná: “Vamos fazer uma disputa política na ideologia, no debate. Não no braço”.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SESP), peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso.
Gleisi culpa Lava Jato e Moro por ataque contra acampamento pró-Lula