Os destinos de Nélson Tureck (PMDB), prefeito de Campo Mourão, e de Walfrido Eduardo Prado (PMDB), chefe do executivo de Quitandinha, estão nas mãos das Câmaras Municipais de suas cidades. Já o prefeito de Fênix, Aristóteles Dias dos Santos Filho (PMDB), depende de decisão da Justiça.
A situação mais complicada é a do prefeito de Fênix, Região centro-oeste do Estado. Denunciado pelo Ministério Público (MP) ao Tribunal de Justiça por homicídio qualificado, Santos Filho teve prisão preventiva requerida pelo procurador-geral de justiça, Miltom Riquelme de Macedo, sob a acusação de ser mandante do assassinato do ex-prefeito, Manoel Custódio Ramos, em fevereiro de 2006. A morte de Ramos abriu caminho para Santos Filho assumir o cargo. Segundo a denúncia, o acusado, à época vice-prefeito, teria arquitetado o crime na companhia de Sídnei Aparecido Farias, então chefe de almoxarifado do município, uma vez que Ramos teria tomado decisões que contrariavam interesses de ambos: ?Estando ele fora do caminho, ambos poderiam assumir o Executivo municipal de Fênix, e de conseqüência, usufruir de todas as vantagens que o exercício do poder pudesse lhes oferecer?, diz o relato. Através de funcionários da Prefeitura, Santos Filho informou que só vai se pronunciar quando for notificado oficialmente.
Em Quitandinha, Região Metrolopolitana de Curitiba, o vereador Aurimar José Steff Rogovski (PSDB) solicitou, ontem, abertura de CPI contra o prefeito Walfrido Eduardo Prado devido à suposta apresentação de notas frias para manutenção de máquinas da prefeitura. O vereador acusa o prefeito de apresentar notas fiscais de uma empresa de manutenção de Curitiba para o serviço de reparo em duas máquinas que teriam sido consertadas por funcionário do município, no pátio da Prefeitura. A reportagem procurou o prefeito na Prefeitura e em seus telefones celulares, mas não conseguiu contato.
Em Campo Mourão – região noroeste -, o vereador Luiz Alfredo da Cunha Bernardo (PTB), apresentou pedido de cassação de Nelson Tureck. Uma das irregularidades denunciadas foi licitação para a reforma de uma escola depois de 70% da obra já estar concluída. Ele também denunciou a falta de providências pela Prefeitura para reduzir gastos com pessoal, que já está próxima a atingir o limite de 54% do total de receitas. As irregularidades na obra das escola também estão são alvo de uma ação por improbidade administrativa do Ministério Público.
O coordenador-geral do município, César Stanziola justificou o adiantamento da obra sem licitação devido à sua urgência. ?Os banheiros da escola estavam interditados pela Vigilância Sanitária?, disse. Sobre o aperto na folha de pagamento, ele alegou que um aumento de 13% nos vencimentos dos servidores na administração anterior onerou o município, mas a prefeitura está tomando medidas para solucionar o problema. ?Eliminamos 10 secretarias e reduzimos o número de cargos de 154 para 73?, revelou.