A TV Carajás, afiliada da TV Educativa em Campo Mourão, está fora do ar e com o prédio fechado desde a tarde de segunda-feira. A emissora foi embargada pela Prefeitura por não possuir alvará de localização, mas os dirigentes da TV alegam perseguição política e insinuam uma ?inspiração chavista? do prefeito Nélson Tureck (PMDB), em alusão ao fim da concessão da RCTV pelo presidente venezuelano Hugo Chávez.

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?A diferença é que, bem ou mal, o Chávez é presidente da Venezuela e tinha poder para tomar tal decisão. Aqui, só quem pode fechar uma televisão é o Ministério das Comunicações, o prefeito não tem poder para isso?, disse o advogado da emissora, Adjaime Marcelo Carvalho.

O prefeito Nélson Tureck nega a perseguição política e disse que a prefeitura vem notificando e embargando todas as empresas que estão com documentação irregular no município. 28 organizações já foram fechadas nas últimas semanas. ?Um prefeito que não executar o contribuinte que estiver irregular pode ser cassado por improbidade administrativa. Eu estou apenas cumprindo a lei, não importa se com empresa grande ou pequena?, declarou. Ele informou que antes de embargar a TV Carajás, a Prefeitura já havia intimado e estabelecido prazo para a regularização do imóvel onde funciona a emissora.

No entanto, Carvalho disse que a Prefeitura não realizou a vistoria prévia solicitada para o imóvel e não respondeu aos pedidos de informação feitos pela diretoria da TV. ?É indubitável que foi questão política. Tínhamos um programa que mostrava os problemas da cidade e o prefeito não gosta de ser criticado?, disse. ?Se fosse perseguição política, já teria fechado a TV há, pelo menos, dois anos. Não tenho esse poder, não posso embargar uma empresa que esteja trabalhando legalmente?, retrucou o prefeito. A TV Carajás já recorreu à Justiça e aguarda julgamento de um mandato de segurança para retomar as atividades.

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