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O novo prefeito de Matinhos, Francisco Carlim dos Santos (PSDB), o Xiquinho, decretou moratória de trinta dias e mandou sustar todos os cheques expedidos pela Prefeitura entre 29 e 31 de dezembro. A medida foi tomada ontem em função dos problemas que aconteceram no período de transição.

Segundo o atual prefeito, o ex-prefeito José Maria Correia não fez transição alguma, o deixando no escuro para administrar a cidade. "As informações que temos, estamos conseguindo junto aos funcionários", afirmou.

Xiquinho também acusou Correia de deixar a cidade com poucos funcionários e veículos. "Cerca de cem funcionários que trabalhavam para o município através de uma empreiteira, principalmente na área da Saúde, foram desligados. O contrato de locação de 15 veículos também se encerrou", contou, destacando que deve fazer concurso público em março, mas para a temporada irá relocar pessoal de outras áreas. Ele também reclamou que o antigo prefeito deu férias a todos os funcionários das creches. "Agora elas estão fechadas, justo na temporada, quando as mães mais precisam sair para trabalhar", afirmou.

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Durante a posse, no último sábado, Xiquinho disse que Correia não compareceu e deixou as portas da prefeitura fechadas. "Tivemos que chamar um chaveiro para podermos trabalhar. Meu gabinete teve que ser arrombado", reclamou.

Outro lado

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O ex-prefeito de Matinhos afirmou que a transição não aconteceu por culpa de Xiquinho. Correia disse que designou uma equipe de secretários para se reunir com pessoas ligadas a Xiquinho no Restaurante Cantinho do Nono, pertencente ao chefe de gabinete de Xiquinho, Celso Malucelli. "Eles não quiseram vir até a Prefeitura. Mandei meus secretários lá e ninguém do lado do Xiquinho apareceu", reclamou, afirmando que o novo prefeito nunca foi até a prefeitura falar com ele. "Eu o convidei através da Rádio CBN", contou.

Quanto à sua ausência da cerimônia de transição, Correia disse que sua opção foi não comparecer pois a eleição foi ganha de modo fraudulento. "Além disso eu não fui convidado", salientou, destacando que não era necessário arrombar as portas. "A prefeitura nunca fica abandonada. Sempre tem um guardião", salientou. (Lawrence Manoel)