Prefeito de Rio Branco do Sul ameaçado

O prefeito de Rio Branco do Sul, Amauri Cezar Johnsson, está com o cargo ameaçado. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP) por uma série de irregularidades durante sua gestão e teve seu afastamento do cargo pedido pelo Setor de Combate aos Crimes Praticados por Prefeitos do MP. Segundo as denúncias, as ações irregulares do prefeito já teriam provocado um desvio de mais de R$ 7 milhões dos cofres do município.

Investigado por improbidade administrativa, o prefeito é acusado de promover desvio de função de servidores públicos, fraudar licitações e fazer compras e contratações sem concorrência pública. As denúncias chegaram ao MP através da Câmara Municipal de Rio Branco do Sul, que informou que todos os processos licitatórios analisados na Câmara indicaram que houve dispensa de licitação para contratação de auditoria, de advogados e de outros serviços como o transporte escolar e a terceirização de serviços como a limpeza de ruas, corte de grama e coleta de lixo.

Segundo as investigações do Ministério Público, o prefeito teria forjado uma concorrência para os serviços de conservação urbana do município em que a empresa vencedora não tinha qualificação para prestar os serviços requisitados. Além disso, as duas outras empresas que teriam participado da consulta de preços disseram sequer terem sido informadas sobre a consulta, não tendo elaborado qualquer proposta. Ação semelhante foi observada na contratação do serviço de transporte escolar pelo município.

Johnsson já sofreu processo de cassação no ano passado, mas conseguiu liminar no Tribunal de Justiça (TJ), que interrompeu o julgamento. Agora, o MP reuniu novas provas e apresentou nova denúncia, pedindo o afastamento provisório do prefeito para que ele não se aproveite de sua condição de chefe do executivo municipal para manipular documentos e pressionar testemunhas, dificultando a apuração dos fatos. O TJ ainda está analisando a queixa crime, mas já solicitou à Câmara Municipal a Certidão Comprobatória do período de mandato de Johnsson.

O advogado do prefeito, Gibran Johnsso, disse que a prefeitura ainda não recebeu nenhuma notificação do Tribunal e que só irá comentar as denúncias após ter a ciência oficial das mesmas. No entanto, ele disse não acreditar em nada muito diferente do processo do ano passado e, por isso, disse estar tranqüilo. ?Essas denúncias são fantasias criadas pela Câmara Municipal para criar uma situação desconfortável. O Ministério Público está exercendo sua função ao investigar e estamos dispostos a dar todas as explicações que nos forem solicitadas. Mas temos certeza que não ocorrerá cassação, assim como não ocorreu ano passado, quando vencemos na Justiça?, declarou.

Johnsson pode ser o segundo prefeito cassado no município em menos de dois anos. O prefeito eleito de Rio Branco do Sul, Pedro Portes de Barros (PP), para o mandato de 2005 a 2008, perdeu o cargo no começo de 2005 sob a acusação de compra de votos. No lugar dele assumiu Amauri Johnsson, que pode ter o mesmo fim.

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