Prefeito de Osasco quer vaga de Palocci em pleito de SP

Com a saída do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) da disputa pela candidatura a governador de São Paulo, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, promete intensificar sua agenda política nas próximas semanas para se viabilizar como o candidato do PT ao governo de São Paulo.

Palocci era o nome mais forte do PT na lista dos pré-candidatos, que inclui o senador Eduardo Suplicy, o deputado Arlindo Chinaglia e o ministro da Educação, Fernando Haddad, além da ex-prefeita Marta Suplicy e do senador Aloizio Mercadante. Segundo Emídio, Palocci já tinha conversado com ele sobre sua decisão há dez dias.

“Eu já tinha dito a Palocci que o apoiaria se ele fosse o candidato. Mas a desistência dele abre caminho para outros nomes do PT e eu estou intensificando meu trabalho junto à base do partido, militância e dirigentes. Vou trabalhar de maneira intensa para ser o candidato do PT”, disse ele, que esteve hoje em Sorocaba, interior do Estado, onde participou da posse de 29 diretórios municipais da região. Emídio pretende visitar a capital paulista, cidades da Grande São Paulo, litoral e interior em sua campanha como pré-candidato.

Nem a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo nome do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para o governo de São Paulo afasta as pretensões do prefeito. “Não há candidato de consenso entre partidos da base. O Ciro está fora porque ele mesmo tem dito que quer ser candidato à Presidência da República. Não há tempo a perder, vou preparar meu nome e meu programa de governo”, disse.

Emídio, que cumpre o segundo mandato à frente da Prefeitura de Osasco, afirma ser o nome com maior apoio dentro do partido. “Temos nomes fortes, alguns, como Marta, com mais apelo eleitoral, mas hoje eu sou o candidato com mais apoio dentro do PT”, afirmou.

Para o prefeito, a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje é um incentivo para sua candidatura. “A pesquisa corrobora a ideia de que as eleições ainda não estão definidas”, afirmou. “O crescimento das intenções de voto para a ministra Dilma é um incentivo para a minha candidatura. As pessoas estão aderindo aos candidatos do presidente Lula. Claro que não será uma eleição fácil, mas São Paulo tem de ter uma candidatura que represente o presidente Lula e o PT.”

Emídio admitiu que o problema das enchentes será um dos principais focos a serem explorados, além da violência e das privatizações das estradas. “Não dá para culpar São Pedro o tempo todo. Enchentes são problemas que São Paulo conhece há muito tempo e o PSDB já teve 16 anos para resolvê-los”, afirmou. Para ele, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) só está à frente das eleições porque já ocupou o cargo antes. “Alckmin não é imbatível e o PSDB não é invencível.”

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