O prefeito de Mandaguari, Ari Stroher, vai recorrer da sentença em que o juiz da comarca, Devanir Cestari, cassou seu registro de candidatura por suposto abuso de poder econômico e político. A defesa já está sendo preparada e deve ser encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) hoje.
Para o prefeito, essa é mais uma retaliação do juiz. Stroher disse que a situação teria sido iniciada em 2001, quando o magistrado teria impedido o pagamento de benefícios em favor do juiz Devanir Cestari, que eram custeados pelo município há anos – como o pagamento de aluguéis de apartamento e residência, de IPTU, de contas de telefone e de vigia.
Estes fatos estão sendo objetos de análise pelo próprio Poder Judiciário, já que considerando que o município de Mandaguari promoveu Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa contra os responsáveis pelo uso e a liberação de dinheiro público por particulares.
O prefeito de Mandaguari acredita que o processo foi iniciado a partir de uma denúncia de que a coligação que o apoiava teria doado bebidas alcoólicas para alguns blocos participantes de uma micareta (evento tradicional na cidade). Os mesmos denunciantes supunham que a prefeitura também pudesse ter ajudado os blocos. Na operação executada pela polícia, foram detidas pessoas que usavam camisetas com a propaganda eleitoral apenas da coligação do candidato Ari Stroher, Mandaguari Seguindo em Frente. Curiosamente, pessoas que usavam camisetas que não fossem da coligação do prefeito Ari não foram presas.
Diligências da Justiça na prefeitura não encontraram qualquer prova de participação da atual administração, no evento. Curiosamente, porém, as outras coligações não foram indiciadas, apenas a que apoiava Ari Stroher.
Na eleição de 3 de outubro, os eleitores de Mandaguari deram a vitória a Ari Stroher nas urnas com uma vantagem de 10% sobre o segundo candidato.