Prefeito de Fênix entrega-se à polícia

Preso na tarde de terça-feira, o prefeito de Fênix, Aristóteles Dias dos Santos Filho, ainda continua detido na delegacia de Engenheiro Beltrão. Ele apresentou-se aos policiais do município vizinho após ter prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ).  

Santos Filho é acusado de ser o mandante do assassinato do então prefeito de Fênix, Manoel Custódio Ramos, no ano passado. Com a morte, Aristóteles, que era o vice-prefeito, assumiu o cargo. De acordo com o delegado titular de Engenheiro Beltrão, José Nunes Furtado, o prefeito entregou-se espontaneamente, na tarde de anteontem, após ser informado sobre a prisão preventiva. ?Recebemos o mandado de prisão e estávamos organizando uma diligência para cumpri-lo. Mas fomos surpreendidos com a apresentação voluntária do prefeito?, revelou.

A prisão preventiva de Aristóteles Dias dos Santos Filho foi determinada pelo TJ, que julgou procedente pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, que, no último dia 14, denunciou o prefeito por crime qualificado. Segundo a denúncia, o acusado, à época vice-prefeito, teria arquitetado o crime na companhia de Sidney Aparecido Farias, então chefe de almoxarifado do município, uma vez que Ramos teria tomado decisões que contrariavam interesses de ambos. Ramos foi atingido por quatro disparos de revólver calibre 38, desferidos por Luiz Pereira de Souza Júnior, que já havia sido denunciado pelo Ministério Público. O crime ocorreu na noite do dia 4, em frente à casa de Ramos, no momento em que ele retornava à residência de carro, na companhia da namorada, que presenciou o fato.

Em maio deste ano, a polícia prendeu Luiz Pereira de Souza Júnior, e Sidney Aparecido Farias. ?Com o depoimento de Souza, soubemos do envolvimento do vice-prefeito na época. Um dos motivos do crime seria a ambição de assumir a Prefeitura. Nós vamos continuar investigando para saber se há mais motivos?, contou o delegado. A polícia ainda está atrás de José Ivan Farias, 38, irmão de Sidney, que teria ajudado a esconder Souza, depois do crime.

O advogado de Aristóteles, Bortolo Escorsim, informou que deve entrar, nos próximos dias, com pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça. Escorsim revelou que está preparando a defesa preliminar de seu cliente e irá alegar não haver necessidade da prisão preventiva, uma vez que Santos Filho tem bons antecedentes, não há manifestação da população de Fênix e a acusação partiu apenas de um dos réus, ?que pode ter sido motivado por vingança?, explicou.

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