Desde que reassumiu a prefeitura de Campo Magro, ao reverter na Justiça sua cassação pela Câmara Municipal, há 11 dias, o prefeito José Pase (PMN) não conseguiu tocar nenhum processo licitatório para a compra de produtos, remédios, materiais, ou a contratação de obras e serviços para a cidade. Isso porque, segundo o prefeito, todos os documentos originais referentes às licitações foram tirados da prefeitura durante os dois dias em que ele foi afastado do cargo.

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“Encostaram duas kombis e encheram elas de papel”, disse um funcionário da prefeitura, atribuindo a retirada dos documentos ao vice-prefeito Carlos Alberto de Oliveira Werneck (PSDB) e aos vereadores de oposição, que votaram pela cassação. O prefeito registrou boletim de ocorrência e espera a devolução de toda a documentação na tarde desta segunda-feira. Pase já nomeou uma comissão para conferir toda a documentação da prefeitura e se há algo faltando.

O processo de cassação de Pase foi originado por denúncias de irregularidades nas licitações. Assim, a defesa do prefeito acredita que os documentos foram retirados da prefeitura para uma tentativa de produção de novas provas, ou para uso na campanha eleitoral do ano que vem. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, nenhum serviço ou obra ainda foi prejudicado, mas a compra de uma escavadeira e um caminhão para obras da prefeitura corre risco de ser comprometida caso os documentos não sejam devolvidos hoje.

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