Prefeito de BH diz que continuará a fretar avião

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, disse hojeque vai continuar fretando aviões nas suas viagens oficiais, apesar da ação movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) que aponta prejuízo de R$ 875,9 mil aos cofres do município. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público analisou 39 viagens entre 6 de fevereiro de 2009 e 20 de julho de 2011.

Lacerda disse que os custos se justificam em função da “dupla agenda”: ele tinha que estar na capital mineira antes e depois de tais viagens e, portanto, não poderia estar sujeito à disponibilidade de horários e eventuais atrasos nos voos comerciais. Não foi o que aconteceu, no entanto, quando o prefeito viajou a São Paulo para a festa de aniversário de um jornal de circulação nacional. O próprio Lacerda disse que deixou Belo Horizonte às 16 horas e retornou na manhã seguinte.

Questionado sobre o motivo de não pegar um voo comercial diário que sai do Aeroporto da Pampulha às 17 horas em direção a São Paulo, o prefeito respondeu: “Se fosse para ir a São Paulo através de um voo comercial, dada a insegurança do transporte aéreo brasileiro de passageiros, eu nem teria ido a essa atividade”. Ele disse que a viagem foi importante para fazer contatos com políticos e empresários.

Lacerda convocou uma conversa com jornalistas para se defender das acusações e partiu para o ataque. “É um tanto estranho que, somente dois anos e meio após o início da nossa gestão, o ministério (público) tenha adotado essa atitude”. O prefeito da capital mineira disse ainda não reconhecer a autoridade do MP no caso para emitir “esse tipo de julgamento”. “Eu tenho certeza que a Justiça vai acolher a nossa tese. Essa é uma ação equivocada, errônea, partindo de premissas incorretas e infundadas”, afirmou.

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