A Justiça determinou, nesta quarta-feira (2), o bloqueio dos bens do prefeito de Almirante Tamandaré, Vilson Rogério Goinski (PDMB), e de sócios do Hospital Nossa Senhora da Conceição. A decisão é consequência de uma ação civil pública proposta em abril pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Eles são acusados de firmar convênios sem licitação e desviar verbas da saúde pública. O contratos irregulares seriam referentes ao primeiro mandato de Goinski, entre 2005 e 2008.
O prefeito, entretanto, garante que vai recorrer. “Nossa defesa terá como base o fato de que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou os convênios com o hospital. Não havia necessidade de fazer licitação porque existia somente esse hospital na cidade na época e ele era, inclusive, credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica. O processo ainda corre em segredo de Justiça. Caso sejam condenados, o prefeito e outros servidores públicos envolvidos no esquema, podem perder seus cargos e serem obrigados a ressarcir a Prefeitura.
O Hospital Nossa Senhora da Conceição era contratado para oferecer atendimento 24 horas para os residentes no município. Atualmente, isso é feito em um centro médico municipal. No entanto, o prefeito alega que, além de os custos serem maiores, o serviço está pior agora. “Antes, atendíamos até oito mil pessoas por mês. Agora, este número caiu para cinco mil. Em compensação, antes gastávamos R$ 240 mil com tudo e agora o gastamos R$ 205 mil só com a contratação de pessoal. Isso porque a prefeitura somava esforços com o SUS e o atendimento era melhor e mais barato”.
