Aumento

Preço do gás vai subir em setembro em todo o Brasil

Aumento do preço do gás de cozinha. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O gás de cozinha vai ficar mais caro a partir de setembro em todo o Brasil. Segundo as distribuidoras, o reajuste será entre R$ 1,50 e R$ 2,50 sobre o preço atual do botijão de 13kg, já que o mês marca o dissídio coletivo dos trabalhadores do setor. O valor da alta depende da região do país. Apesar da justificativa das distribuidoras, a entidade de classe das revendas contesta e classifica as companhias como um ‘oligopólio’.

Em comunicados aos revendedores, as empresas Ultragaz, Nacional Gás e Supergasbras se posicionaram junto aos comerciantes de gás, revelando o reajuste. De acordo com as empresas, uma série de fatores influi no preço, como os acordos coletivos de trabalho e a elevação dos custos de logística.

O acréscimo se dá mesmo após as tentativas do governo em baixar o valor do insumo. Além disso, o Ministério da Economia faz um esforço para equiparar os valores do gás de cozinha e do gás industrial. Em abril, o ministro Paulo Guedes anunciou que pretende quebrar o monopólio da Petrobras sobre o gás, o que poderia reduzir pela metade o valor do botijão. Em Curitiba, um ‘bujão’ de gás custa cerca de R$ 70 reais, em média.

Contestação

A Associação Brasileira das Entidades de Classe das Revendas de Gás (Abragás) contesta os comunicados das empresas. Segundo a associação, uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovada na última quinta-feira (29), reduziu a diferença entre os preços do GLP residencial e industrial, o que deveria baratear o custo do insumo para as indústrias. No entanto, o movimento foi o contrário, conforme nota da Abragás.

“Com a nova resolução o que deveria ocorrer seria o preço do GLP industrial igualar ao preço/Kg do GLP residencial, lamentavelmente o oligopólio formado pelas 5 distribuidoras que detém 92% do mercado de GLP no país dão sinais que nada disso ocorrerá se depender das últimas movimentações deste oligopólio”, diz parte do texto.

De acordo com o texto, as empresas que dominam o mercado formaram uma espécie de cartel para combinarem preços e reajustes, evitando assim que as reduções da Petrobras cheguem ao consumidor final. Assim, além de não haver repasse das baixas de preço aos revendedores, a equiparação de preços entre os GLP residencial e industrial se dará ‘pra cima’.

“Nos últimos meses, quando a Petrobrás reduziu o preço do GLP industrial para as distribuidoras, (9,8% em 23/07 e 13% em 02/08), essas [distribuidoras] simplesmente não repassaram as reduções para aos revendedores o que impede que os preços baixem para os consumidores. Por outro lado, no dia 29/08 quando o CNPE anunciou a revogação da resolução 04/2005 com o intuito de equiparar os preços do GLP, as distribuidoras simultaneamente comunicaram à rede de revendas de todo o Brasil um aumento de preços em torno de 3%, a partir de 09/09/19, o que indica entendimento entre o oligopólio para aplicarem índices de aumento idênticos e em datas alinhadas”, atesta a Abragás.

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